Desemprego no Brasil atinge 21,2%, quase o
dobro da taxa oficial
“Também fica acima de países com renda
compatível com a do Brasil, como México (18,3%) e Turquia (15,9%)
A deterioração do
mercado de trabalho no Brasil de Michel Temer é ainda mais profunda do que sua
administração deixa transparecer. Um estudo comparativo mostra que o Brasil
está entre os recordistas globais do chamado desemprego ampliado, que leva em
consideração —ao contrário do índice tradicional, medido pelo IBGE—, não apenas
aqueles que estão procurando emprego e não acham, mas também as pessoas que
fazem bicos por falta de opção, trabalham menos do que poderiam ou simplesmente
desistiram de procurar trabalho.
O índice é considerado muito mais completo. De acordo com os
dados mais recentes, do terceiro semestre de 2016, a taxa de desemprego
ampliada no Brasil chegou a 21,2%, quase o dobro do desemprego oficial. Por
esse critério. 23 milhões de brasileiros estariam desempregados ou
subutilizados.
As informações são de reportagem de Alexa Salomão no Estado de
S.Paulo.
O levantamento, feito pelo banco Credit Suisse, mostra que numa
comparação internacional, a taxa de desemprego ampliado do Brasil está bem acima
da média dos países analisados, que é de 16,2%.
“Também fica acima de países com renda compatível com a do
Brasil, como México (18,3%) e Turquia (15,9%). O Brasil está atrás apenas de
países profundamente afetados pela crise internacional: Grécia (o recordista,
com 31,2%, de desemprego ampliado), Espanha (29,75%), Itália (24,6%), Croácia
(24,6%) e Chipre (23,8%)."
Brasil 247
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