Notícia (Internacional)
11/01/2016
Coreia do Norte diz que teste nuclear é ação justa
Bomba H
seria necessária para evitar uma guerra nuclear com os EUA. Na quarta (6), o
país anunciou um teste bem-sucedido com a bomba.
O dirigente norte-coreano Kim Jong-un justificou neste domingo (10) o
primeiro teste de bomba de hidrogênio de seu país, anunciado como uma necessidade
para evitar uma guerra nuclear com os Estados Unidos.
Esta foi a primeira declaração do líder do regime norte-coreano desde
que Pyongyang anunciou, na quarta-feira (6), um teste bem-sucedido com a bomba
H.
O anúncio do quarto teste nuclear norte-coreano provocou muitas
condenações internacionais, mas quase todos os especialistas duvidam que a arma
utilizada tenha sido uma bomba de hidrogênio, como Pyongyang deseja que o mundo
acredite. A tensão com a Coreia do Sul aumentou nos últimos dias.
O teste nuclear era "uma medida de autodefesa para defender a paz
de maneira eficaz na península coreana e a segurança nacional ante os riscos de
guerra nuclear provocados pelos imperialistas liderados pelos Estados
Unidos", declarou Kim Jong-un, segundo a agência oficial KCNA.
"Se trata do direito legítimo de um Estado soberano, de uma ação
justa que ninguém pode criticar", completou.
O dirigente norte-coreano visitou unidades das Forças Armadas para
felicitá-las pelo "sucesso" do teste nuclear, informou a KCNA, sem revelar
uma data precisa.
Pyongyang acusa regularmente de belicismo os Estados Unidos e sua aliada
Coreia do Sul.
As declarações foram divulgadas após um comentário oficial publicado na
sexta-feira pela KCNA, segundo o qual os destinos de Saddam Hussein no Iraque e
de Muamar Khadafi na Líbia mostram o que acontece quando um país renuncia a
suas ambições nucleares.
Após o teste nuclear, muitas consultas diplomáticas foram realizadas,
depois de uma reunião urgente do Conselho de Segurança da ONU, que prometeu endurecer
o leque de sanções já aplicadas contra a Coreia do Norte por seus testes
anteriores (2006, 2009 e 2013).
O aliado mais importante da Coreia do Norte, a China, também expressou
irritação.
A Coreia do Sul retomou na sexta-feira a campanha de difusão de
mensagens de propaganda na fronteira com a Coreia do Norte, que respondeu
afirmando que a península se encontra "à beira da guerra".
Uma bomba H operacional, muito mais potente que a bomba atômica comum,
seria um enorme passo adiante para Pyongyang, que está proibido pela ONU de
desenvolver um programa nuclear ou balístico.
G1
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