'Muro' que separa facções em Alcaçuz tem 1ª fileira de contêineres
pronta
Apesar da
separação, presos continuam soltos pela penitenciária
Está pronta a primeira fileira do muro feito com contêineres –
estrutura improvisada para separar as duas facções criminosas que disputam o
poder dentro da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior presídio do Rio Grande
do Norte. Às 14h (15h horário de Brasília), a colocação do muro foi
interrompida e só será retomada na terça (24). Apesar da separação, os detentos
permanecem soltos pela unidade.
Alcaçuz fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal. Foi lá, no
fim de semana passado, que pelo menos 26 detentos foram mortos durante a
invasão de um pavilhão. Na quinta (19), após novo enfrentamento, muitos presos
ficaram feridos. A PM confirma que há novos mortos dentro da unidade, mas não
informou o número. Neste sábado, enquanto os contêineres eram posicionados,
equipes do Instituto Técnico de Perícia (Itep) encontraram e recolheram duas
cabeças, um antebraço, um braço e uma perna.
A medida, segundo o governo, é temporária até que um muro
definitivo seja construído dividindo os pavilhões 1, 2 e 3 (ocupados por
membros do Sindicato do RN) dos pavilhões 4 e 5 (dominados pelo PCC). Os
contêineres, cada um com 12 metros, darão lugar a um muro de concreto de 90
metros de extensão. Ainda de acordo com o governo, a construção deste muro
permanente levará 15 dias.
Presos soltos e armados
Para a Polícia Militar, a missão de separar os presos com o muro
objetiva "preservar vidas". Foi o que disse o comandante geral da
corporação, coronel André Azevedo, em entrevista no final da tarde do sábado
após a primeira fileira de contêineres ficar pronta. Apesar disso, os detentos
permanecem soltos e armados.
Ainda durante a entrevista, o comandante destacou que caçambas recolheram uma grande quantidade de entulhos e muitas barras de ferro que eram usadas como armas pelos presos. Mas, não deu prazo para que o Estado faça uma intervenção em busca de armas de fogo e armas brancas.
Ainda durante a entrevista, o comandante destacou que caçambas recolheram uma grande quantidade de entulhos e muitas barras de ferro que eram usadas como armas pelos presos. Mas, não deu prazo para que o Estado faça uma intervenção em busca de armas de fogo e armas brancas.
Durante a missão deste sábado, os presos ficaram confinados nos
pavilhões 1 e 5, onde os policiais militares não entraram e não foi feita
varredura pelos peritos do Itep. No pavilhão 1, ficaram isolados detentos que
pertencem à facção Sindicato do RN. No pavilhão 5, membros do PCC.
G1
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